sexta-feira, 22 de julho de 2016

Alemanha (1918-1939)

   Na Alemanha, o movimento fascista foi chamado de nazista, que é uma abreviatura de nacional-socialista. Uma coisa interessante: o socialismo estava tão popular, que até os nazistas utilizavam este nome. Claro que eles não tinham nada de socialistas, pois abominavam a igualdade e a democracia.
Quando terminou a Primeira Guerra, em 1918, a Alemanha passou a ter um regime democrático. Esse período de liberdade política foi chamado de República de Weimar e durou até 1933, quando os nazistas tomaram o poder. Todos os partidos políticos importantes tinham deputados no Parlamento, inclusive os comunistas e os nazistas.
 Foi uma época de grandes dificuldades. Derrotada na guerra, a Alemanha teve de pagar uma imensa dívida para os ingleses e franceses. A crise de 1929 levou milhões de alemães ao desespero. O desemprego atingiu 44% dos trabalhadores. A crise levou muitas pessoas a votar nos comunistas e nos social-democratas.
   O partido nazista, chefiado por Adolf Hitler, também ganhava muitos votos. Os nazistas acusavam os comunistas, os liberais e os judeus de desgraçar o país. Prometiam acabar com a "desordem" e restaurar o orgulho de ser alemão. Falavam em combater os banqueiros muito gananciosos e em proteger a classe média. Anunciavam que os alemães pertenciam à raça ariana, que consideravam superior às outras e que portanto não poderia curvar-se diante do mundo, Percebeu? Num país faminto, humilhado pela derrota na Primeira Guerra e inseguro com a crise, os nazistas ofereciam o sonho da tranquilidade, do orgulho patriótico e da força.
   Os nazistas tinham técnicas avançadas de propaganda política. Seguindo as ideias de Goebbels, o mestre da propaganda política fascista, manipulavam as informações ("uma mentira repetida mil vezes se torna uma verdade"). Exploravam o inconsciente coletivo alemão e os ressentimentos causados pela derrota na Primeira Guerra. Falavam em vingança, em "Alemanha acima de tudo". Formavam bandos de jovens uniformizados e cheios de músculos, que ocupavam as ruas perseguindo todos os inimigos: comunistas e social-democratas, judeus, homossexuais.
   Depois da crise de 1929, os nazistas elegeram inúmeros deputados para o Parlamento. Num certo momento, tornaram seu partido o mais votado. Agora, atenção para algo muito importante: os nazistas jamais conseguiram a maioria absoluta dos votos do povo alemão. Isso mesmo que você leu: mais da metade dos alemães votava contra os nazistas! Meses antes de dominar a Alemanha. Hitler foi candidato à presdência da República e perdeu as eleições para um velho político tradicional.
   Em primeiro lugar, as forças antinazistas estavam divididas. Os social-democratas e os comunistas acusavam-se mutuamente de favorecer os nazistas. Os liberais não queriam se unir à esquerda para combater Hitler. Só os nazistas estavam unidos e coesos. Daí sua força. Daí sua ousadia.
   Em segundo lugar, porque os nazistas tomaram o poder com um golpe de Estado apoiado pelos megaempresários e pela cúpula das Forças Armadas. Foi em 1933. O Reichstag (Parlamento) foi incendiado pelos nazistas, que puseram a culpa nos comunistas. A partir daí, todos os partidos políticos foram fechados, com exceção do nazista. A Gestapo (polícia secreta) vigiava e aterrorizava toda a população.
   Seguindo as receitas do New Deal dos EUA, o plano de recuperação económica do presidente Roosevelt, o Estado fascista alemão encomendou obras públicas às empresas privadas. Para recuperar o emprego e ativar a economia, estimulou a produção de armas. Conseguiu reduzir o desemprego, mas a guerra seria apenas uma questão de tempo.

Fonte: http://marinhohistoria.blogspot.com.br/2012/04/o-fascismo-alemao-o-nazismo-na-alemanha.html

Política Social




Paralelamente, o recém-inaugurado mundo socialista, a União Soviética parecia obter sucesso no se programa de crescimento da produção, graças à adoção de um modelo de economia planejada. Esse fenômeno viria a provocar questionamentos e a elaboração de teses sobre o modelo de governo implantado e sua atuação sobre a economia nacional, pois o governo soviético lograra atingir níveis elevados de produção e manter a governabilidade com medidas que atingiam não apenas o setor econômico e político, mas mantinham o controle social em uma época em que, na maioria dos países envolvidos na guerra o panorama era de desemprego, descontentamento e mobilização da sociedade para transformações políticas mais efetivas.
Em meio às crises, setores da intelectualidade e burocracias estatais passaram a buscar alternativas e a apontar opões que neutralizassem o potencial estado convulsionário da sociedade. Assim, pensava-se, como uma solução o comunismo marxista no capitalismo reformado com características da social-democracia ou nas formas antiliberais e nacionalista realizadas pelo fascismo.














O panorama geral indicava a necessidade de mudanças, dada a percepção de falência dos valores de democracia liberal. A maioria tendia a aceitar a ideia de que havia a necessidade de estabelecer metas para superação econômica. Assim, Alemanha, Grã-Bretanha e Japão passaram ao modelo de economia planejada. Porém, na Alemanha as medidas pareciam mais urgentes pelo fato de que o decréscimento da produção abalava todas as esferas sociais.






Em 1871, a Unificação Alemã e a formação do Segundo Reich tinham favorecido a Indústria competitiva e a rivalidade econômica externa, Dessa disputa surgiram alianças político-militares, a Partilha da África e da Ásia, guerras por territórios e marcados, e, finalmente, a Primeira Guerra Mundial, entre 1914-18, pondo fim ao Império Alemão e criando o ambiente para revoluções.



 
No período final da Guerra, a entrada dos Estados Unidos , a Alemanha apontou perdas inesperadas até então: 192.477 soldados mortos; 421.340 desaperecidos e prisioneiros; 860.287 feridos; 300 mil civis mortes.




 Em Outubro de 1918, o presidente Wilson, dos EUA, deixou claro que só negociaria a paz com um governo alemão eleito elo povo, Assim, precipitaram-se revoltadas e eleições de conselhos operários nas fábricas, bem como a libertação de prisioneiros políticos e a instauração de um governo parlamentar.
Em 7 de Novembro, o Conselho de Operário, Soldados e Camponeses de Munique proclamou a República Socialista da Baviera. A manifestação revolucionária em Berlim contribuiu para a abdicação do Imperador.




Em 1918, a assinatura do Tratado de Versalhes impuseram ao país uma série de restrições, como o pagamento de reparações de guerra,a concessão de territórios â França, Polônia e Tchecoslováquia. Com isso, verificou-se grande instabilidade econômica e política em meio a um cenário de desvalorização da moeda, crescimento da dívida externa e fuga de capitais. Durante os primeiros tempos da ''República de Weimar'', ainda que mudanças políticas e jurídicas tenham sido implantadas, a economia não apresentava sinais de recuperação: em Janeiro de 1923, 1 dólar correspondia a 7.260 marcos, e , em Novembro, a 4.000.000.000 marcos.




Com o decréscimo do poder aquisitivo e a fuga de capitais, o modelo constitucional liberal não conseguia se manter, caindo em desprestígio, pois, de alguma forma, a sociedade se mobilizava para exigir mudanças mais radicais, à esquerda ou à direita.




A República de Weimar, de 1924 a 1929, procurou resistir à onda antiliberal por meio de medidas para a recuperação do equilíbrio econômico e social, Gustav Stresemann, Ministro das relações Exteriores, buscou a redução das indenizações de guerra e empréstimos com os estados Unidos e Grã-Bretanha. Paralelamente, e graças aos empréstimos, iniciou a substituição da moeda, transformando 1 trilhão de marcos antigos em 1 marco novo.
 A Alemanha verificou o retorno ao fluxo de investimentos externos ao receber 50% do total de exportações de capital, o que determinou a dependência alemã em relação ao funcionamento da economia externa. A recuperação industrial, o desenvolvimento da tecnologia, a abertura de mercados internacionais e empresas levaram ao crescimento dos índices de emprego e à manutenção da governabilidade.




Mas a crise de 1929, ao abalar a economia norte-americana e europeia, pôs fim à renovação dos créditos e interferiu de forma significativa no processo de estabilização da economia alemã, gerando a redução do mercado consumidor, a impossibilidade de pagar dívidas de guerra, a ruína das classes média e dos camponeses e o desemprego em massa. No ano seguinte Hitler foi designado Chanceler e gradativamente impôs uma ditadura pessoal, sendo autorizado pelo presidente Hindenburg a dissolver o Parlamento, e apoiado pelas AS e SS na intimidação, por meio de ataques, execução de prisões e assassinatos dos indivíduos e grupos de oposição.


Em 1934, a ditadura hitlerista já era um fato, o que se mostra quando diante da tentativa de golpe por parte de alguns nazistas descontentes com a política de Hitler, estes foram massacrados, tal como quais opositores. De acordo com o Papa Pio XI, os bispos católicos passavam a dever obediência ao Chanceler. E, finalmente, com a morte de Hindenburg, Hilter assumiu a chefia do Estado, dando início ao Terceiro Reich.








Fonte: http://percursoshistoricos.blogspot.com.br/2011/07/alemanha-no-periodo-entre-guerras-crise.html

Economia (1920-1930)


 A economia da Alemanha recuperou-se e cresceu economicamente de maneira extremamente rápida, o que foi considerado "um milagre" por muitos economistas. O desemprego de 1920 e do início de 1930 foi reduzido de seis milhões de desempregados em 1932 para menos de um milhão em 1936. A produção nacional cresceu 102%, de 1932 a 1937, e a renda nacional dobrou. Em 1933 a política econômica nazista ditada pelo Ministro da Economia Dr. Hjalmar Schacht queria diminuir o desemprego por meio da expansão de obras públicas e do estímulo à empresas privadas através da criação de fundos especiais de desemprego, no qual os impostos das empresas reduziam se o indíce de trabalhadores e de gastos de capital aumentam.
    Uma das principais bases da recuperação alemã foi o rearmamento, para o qual a ditadura nazista dirigiu sua força econômica, a indústria e o trabalho a partir de 1934. Sendo conhecido como Wehrwirtschaft (Economia de Guerra), que devia funcionar em tempos de paz e guerra e no período que antecede à guerra.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_da_Alemanha_Nazista

Aspectos Culturais (1933)



No ano de 1933 foi organizada a Câmara de Cultura do Reich, sob o controle do ministério da Propaganda. Sub-câmaras foram criadas para controlar os vários aspectos da vida cultural, como cinema, radio, jornais, artes, musica, teatro e literatura. O Ministério da Propaganda era encarregado de censurar todo e qualquer meio de comunicação de autores, diretores, músicos e críticos, que fossem contra a ideologia de Hitler, com a população.
Judeus e pessoas consideradas não confiáveis politicamente eram impedidas de trabalhar nas artes e muitas emigraram.

Livros e roteiros tinham que ser aprovados pelo Ministério da Propaganda antes de sua publicação. As expressões culturais eram usadas exclusivamente como meio de Propaganda para o regime vigente, temos o rádio como um exemplo perfeito para isso. Durante a década de 1930, o rádio era muito popular, cerca de 70% das famílias alemãs possuíam rádio em casa. Até 1933, as equipes das estações de rádio foram consideradas contra o regime e como esquerdistas, a partir deste momento, tornou-se comum ouvir propagandas e discursos políticos na programação do rádio. Conforme o tempo passou, Goebbels, Ministro da propaganda, decidiu que deveria ser tocada mais musicas, para que as pessoas não ouvissem emissoras estrangeiras.


Jornais eram controlados pelo Estado. Em 1939 mais de dois terços dos jornais e revistas eram reprimidos diretamente pelo Ministério da Propaganda. A consequência desse controle sobre os meios de comunicação fez a leitura de jornais cair e fez autores de livros deixarem o país em massa e alguns escreveram materiais altamente críticos ao regime. Os autores que não saíram deveriam se concentrar em livros temáticos sobre os mitos germânicos e o conceito de sangue e solo. Até o final de 1933, mais de mil livros foram proibidos pelo regime nazista.


Hitler considerava as artes abstratas, dadaístas, expressionistas e modernas contra o regime Nazista, então colocou no lugar dos diretores dos Museus de arte, membros do partido Nazista. As obras expostas nos Museus eram escolhidas por um Juri Nazista.


Assim como nos outros meios de comunicação, o cinema foi censurado, onde os filmes alemães, censurados pelo Ministério da Propaganda, eram feitos pelas empresas, Universum film Ag e Wien-Film, que eram empresas que o próprio Ministério da propaganda havia comprado. As produções possuíam subtexto político e seguiam as linhas partidárias. Os roteiros eram pré censurados.


Documentário sobre período entre Guerras

https://www.youtube.com/watch?v=9EGoeeOHlLs